sábado, 11 de abril de 2015

Em Português? Músicas em Língua Portuguesa que eu Curto Muito

Hoje postarei algumas músicas em língua portuguesa que são interessantíssimas, mas que infelizmente não possuo informações certas ou confiáveis a respeito de algumas das bandas ou mesmo dos álbuns que produziram. Enfim: ouça, avalie e divirta-se. Se quiser, procure e pesquise por conta própria.


Prize 1985 Tua Voz


Banda gaúcha que participou das clássicas coletâneas "Rock Garagem II", 1985, com a música "Tua Voz, e "Rio Grande do Rock", 1988, com "Força de Interesse" e "Brasil"




Cambio Negro 1985 Incêndio na Noite


Grupo de Hard Rock surgido no Rio Grande do Sul em 1985, mesmo ano em que participaram da coletânea "Rock Garagem II". Junto com o SPARTACUS, o CÂMBIO NEGRO era a banda mais pesada do LP. A versão de "Incêndio na Noite" que você ouve agora é a original, tirada deste vinil. Em 1989, com outra formação, eles lançaram um disco completo intitulado "Hard Rock", sempre sob a direção do baixista Mitch Marini. A banda desapareceu poucos anos depois deste lançamento e nunca mais soltou registros. A coletânea foi relançada em CD, já o debut continua restrito a quem tem toca discos.



Metalmania 1987 Como um Animal


Não precisa escrever nada, hein?




Asraroth - O Alienado


Formada em 1982, a Astaroth foi a primeira banda de Metal no Rio Grande a gravar um LP : "Na Luz da Conquista".



Bandaliera - Campo Minado


Banda gaúcha oitentista.



Shock 1989 Cabelos Compridos



Banda paraibana de Heavy Old School. Escrevi bastante sobre eles: lançaram disco ano passado, inclusive!



Gangrena Gasosa 2011 Quem Gosta de Iron Maiden Também Gosta de KLB


SE DEUS É 10 SATANÁS É 666 (2011) é o terceiro CD oficial da Gangrena Gasosa, e traz de volta o Saravá Metal das entranhas da nossa terra e prova que "aqui no Brasil tem Diabo bom também!"

terça-feira, 7 de abril de 2015

Black Metal: Ideologia e Som

   Pouco depois de finalizar o texto anterior, percebi que deveria ter dissertado um pouco mais sobre a natureza do Black Metal, uma vez que me utilizei de um simples método de comparação e não havia falado do Black Metal em si. Bem, com esse texto espero falar daquilo que ficou em branco no texto passado; contudo, este post está longe de ser um continuação, mas um acréscimo às informações apresentadas.
   Afirmo que o Black Metal nasceu com forte influência do Hardcore Punk e Speed Metal, sendo esses dois os elementos da First Wave Of Black Metal (Blackened Speed Metal). Assim, a temática satânica era corrente em bandas como o Venom etc.
   Na Second Wave também notamos forte caráter oculto que foi dando lugar à violência das bandas de Thrash Metal, ao paganismo nórdico do Bathory e a escola escandinava, lendas shintoistas (com o Sigh, nos anos 90), ocultismo e assim por diante.
   Nos anos noventa, com a Third Wave of Black Metal, o satanismo já não era o centro do Black Metal, mas a solidão, depressão, a natureza, os ideais políticos arianos do nacional socialismo, enfim, o Black Metal começou a se tornar um universo.

   Teclados, piano, violinos, vocais líricos, pedais que ajudam a simular atmosferas quase psicodélicas como no Shoegazing do Rock Alternativo, contrabaixos carregados de Grooves, levadas de bateria que mais lembram Jazz que Metal. Atualmente, desde o Avan Garde, passando pelo Post-Rock, flertando com Industrial e terminando em Sinfônico, isso é o Black Metal que foge quase que totalmente das gravações cruas (característico do Raw Black Metal ou das atmosferas densas do Funeral Doom, Depressive Black ou Atmorpheric Black.
   Pode-se encontrar letras das mais variadas possíveis dentro do Black Meal, seja uma lenda nórdica como a épica Man Of Iron quanto desilusões amorosas, pactos bestiais, fragilidade da vida humana, doenças psicossomáticas, consciência ecológica, ufanismo...

   O que vem a romper definitivamente com o satanismo no Black Metal é o UnBlack Metal, que não é nada mais nada menos que Black Metal cristão. Aí você me diz: "isso é bobagem!", mas e todas aquelas temáticas? O que são?
   A temática lírica não influi de maneira direta nem indireta num gênero como Heavy Metal, por que sinceramente, não há poetas ou grandes letristas no mundo do Metal. Ouvindo os álbuns pós-Seventh Son do Iron Maiden que são um tédio, mas que para alguns é uma "aula de história para metaleiros cultos e inteligentes" tem no final das contas os mesmos riffs de sempre. Para que eu não me complique nessa parte, deixe-me dizer: Heavy é ação, não reflexão. Se você puder adicionar suas crenças na música estará buscando uma forma de individualizar sua música, o que é bom e original; no mais, você só precisa de energia e força de vontade para que qualquer coisa saia bem feita, isso vale tanto na música quanto na vida (momento Hannah Montana de um aspirante a músico no auge dos seus dezenove anos de idade).

   Para concluir e não ser contraditório quando havia lamentado o destino do Black Metal, reafirmo: a escola norueguesa teve sua parcela na contribuição para a evolução do Black Metal, mas acabou por produzir pouco e material muito pobre. Os exemplos que citei apontam que o Black Metal é infinitamente mais amplo que podemos imaginar, mas que no fim, estas bandas diferentes compõe a grande minoria enquanto que a maioria insiste em fazer o mesmo som que os escandinavos: som tosco, de um amadorismo ingênuo que mantêm a técnica instrumental pobre e simplista; e ecos do velho ocultismo satânico e odinismo.

   Metal não tem ideologia; o pluralismo lírico é sem dúvidas importante e não repetir, mas fazer algo novo, é fundamental no mundo das artes.

sábado, 4 de abril de 2015

Black Metal: Surgimento, Apogeu e Dias Atuais

   Para que eu possa iniciar esse texto, devo dizer que o Black Metal teve seus primeiros adeptos os seguidores do Venom, sejam eles:

 Bathory, Bulldozer, Hellhammer, Celtic Frost, enfim, bandas como essas formaram a First Wave Of Black Metal. A First Wave tem como característica o puro Speed Metal, proto-Thrash Metal.

   Depois, surgiu a escola germânica de Thrash Metal que trazia bandas como Holy Moses, Sodom, Destruction e Kreator. Essa escola produzia nada mais nada menos que o som proposo pela First Wave, só que com mais peso e brutalidade, sendo responsáveis pelo início do Thrash Metal europeu e o surgimento do Death Metal.

 Daremos o nome de Second Wave Of Black Metal à escola alemã de Thrash Metal.

   Por fim, temos a escola norueguesa, ou por que não, escola escandinava de Black Metal. Nesta última importante escola, notamos que os adeptos uilizam a denominação Black Metal com mais frequência e criam uma identidade 'típica Black Metal'. Reunindo elementos das duas outras escolas, Immortal, Mayhem, Darkthrone e Burzum mesclaram Death Metal, às vezes Doom Metal e algo da cultura nórdica para dar moldes a essa escola.

 Essa última é a Third Wave of Black Metal, ou como alguns preferem chamar, Norsecore.

   Mas afinal, tudo isso é Black Metal? Só a Third Wave pode ser considerada Black Metal?

   Bem, a minha opinião (sim, trata-se de uma simples e insignificante opinião) é que em alguns momentos os grupos da First e Second Wave tiveram seu período mais 'Black':

 Todo Hellhammer é Black, bem Raw mesmo, mas o mesmo não se aplica ao Celtic Frost;
 O início do Bathory foi Black e com o tempo foi se tornando Viking;
 Sodom era puro Blackened Speed Metal em In he Sign Of Evil, mas depois foi se voltando pro Hardcore;
 Kreator seguiu o mesmo caminho do Sodom, do Metal viceral ao Industrial.

   A atmosfera densa e sombria que envolvia os primeiros álbuns foi gradativamente deixada de lado, seja devido ao amadurecimento musical ou pelo fato do público estar se afastando do Black Metal. Já os noruegueses abraçaram o Black Metal que sempre fora um elemento secundário (geralmente quem tocava Thrash poderia tocar um pouco Death e mesclar isso ao Black Metal, como os heróis nacionais, Sepultura e Sarcófago) se deram uma roupagem totalmente única.

   Mesmo sendo a escola da terceira geração aquela a abraçar o Black Metal, não significa que eles criaram algo extraordinário. Na verdade, ao meu ver, boa parte das bandas da terceira geração deixam muito a desejar, uma vez que a técnica é baixa; as músicas são quase todas parecidas; as performances no palco não mudam nada e, cá entre nós, às vezes é bastante cansativo escutar álbuns inteiros.
   Algumas bandas sinfônicas é basicamente um teclado (sintetizadores) acompanhado por screams...
   Há grupos que sem dúvidas merecem respeito por fazer algo audacioso e interessante, mas são raras essas bandas.

   O texto se resume a isso: Black Metal tinha a simples proposta de dar a um som pesado uma temática pesada que envonvesse ocultismo, bruxaria e outras coisas mais, só para trazer ao metal algum perigo, porém, nada disso realmente se concretizou realmente, na verdade, o Metal só ficou estigmatizado como música diabólica e demoníaca por causa de grupos que saíram do controle e acabaram se excedendo, cometendo aos infelizes, enfim... O Black Metal surgiu numa explosão e continua com estalinhos.

   Não citei nomes, pois não quero ser mal interpretado. Tentei focar no principal. Espero que apesar de curto o post de hoje, "tenha sido bom pra você."